domingo, 30 de maio de 2010

Poema ... «Ele há tantas vacas...»


No dia da inauguração da biblioteca da nossa escola o André, a Bianca e a Isabel foram recitar um poema de António Torrado, denominado «Ele há tantas vacas».
Partilhamo-lo aqui para que, tal como nós, se possam divertir a lê-lo.

Com manchas a menos
Com manchas a mais,
Não vejo que haja
Duas vacas iguais.

Ele há vacas brancas
E vacas malhadas
E pretas-castanhas
Ou vacas torradas.

Ele há vacas sardas
Com manchas pequenas
E vacas salgadas
Com pontos, apenas.

Ele há vacas listras
Raiadas na espinha
E pardas-lompardas
Pretas à noitinha.

Ele há vacas pretas
de noite e de dia
e vacas nevadas
da cor da aletria.

Ele há vacas tantas
Com tantos salpicos,
Porque não há-de haver
De outros fabricos?

Se há vacas brancas
E vacas malhadas,
Porque não há-de haver
Vacas listadas ?

SE há vacas torradas,
Castanhas retintas,
Porque não há-de haver
Vacas às pintas?

Se há vacas silvadas
Com manchas na tola.
Porque não há-de haver
Vacas às bolas?

Se há vacas tantas
Pastando nos prados,
Porque não há-de haver
Vacas aos quadrados?

Se há vacas de raça
Barrosã, charolesa,
Porque não há-de haver
Em manta escocesa

in António Torrado

Sem comentários:

Enviar um comentário